OD no Vale do Silício: por dentro do maior polo mundial de tecnologia.

O Vale do Silício dita um novo modelo de trabalho que tem feito grande sucesso entre as maiores empresas de tecnologia do mundo. Aqui, no norte da Califórnia, a cerca de uma hora de San Francisco, estão os laboratórios e escritórios das principais empresas “hi-tech” do planeta; Google, Twitter, Facebook, Microsoft e Apple são apenas alguns exemplos.

Nós fomos convidados para conhecer o laboratório de inovação da coreana LG e o quartel-general do Netflix. Uma primeira surpresa: em plena sexta-feira, quando visitamos as empresas, os escritórios estavam assim; praticamente vazios... e isso é reflexo do novo modelo de trabalho que falamos há pouco 

Aqui no Vale do Silício é assim: a maioria das empresas é extremamente exigente com seus funcionários; mas a exemplo do Netflix e da LG, os deixa livres para fazerem o que tem que fazer como e onde acharem melhor. Essa flexibilidade leva muita gente a trabalhar de casa ou, em uma sexta-feira ensolarada, ficar em stand-by em San Francisco para aproveitar o final de semana. A ideia é que o funcionário se sinta confortável e com liberdade para decidir o que é melhor para o seu dia a dia; claro, contanto que ele cumpra suas responsabilidades e projetos dentro de prazos determinados e com extrema excelência. Dá para imaginar isso no Brasil, com a CLT regendo as relações trabalhistas? Nem pensar!

Na LG, ficam todos no mesmo prédio e todos trabalham de forma integrada. Por todos lados as paredes são enormes quadros de avisos onde quem quiser anota ideias para novos projetos.

De laboratórios colaborativos como este, saem os produtos tecnológicos que nos surpreendem a cada novo lançamento. O mais interessante é que a estratégia vai muito além da tecnologia pura...

Nesta sala, eles convidam algumas pessoas para testarem seus protótipos e observam suas reações ao usar o produto. É como uma sala vigiada por três câmeras que cobrem todo o ambiente. Segundo eles, o mais valioso é notar quando as pessoas se frustram e identificar um problema. Para eles, os problemas são ótimos motores da inovação...

Os jovens inovadores e criativos, prometem muito mais novidades saindo aqui do Vale do Silício nos próximos anos. Aliás, recentemente, foi daqui saiu daqui um novo sistema operacional para Smart TVs completamente diferente do que já existe no mercado. Baseada toda em web, a plataforma promete transformar a experiência do usuário frente a televisores inteligentes conectados.

Uma das principais diferenças é o menu na parte inferior da tela que permite que usuário mude de conteúdo sem precisar sair da tela que está assistindo. 

Tecnologia elimina dúvida sobre gol na Copa do Mundo.

Na Copa no Brasil, que se inicia em três dias, a regra do jogo terá de se adaptar aos avanços dos recursos eletrônicos. Será o primeiro Mundial em que os árbitros contarão com a ajuda de sensores para determinar se a bola entrou no gol. O sistema, chamado de GoalControl, utiliza 14 câmeras, sete para cada meta, e faz a leitura do lance por vários ângulos. As imagens são processadas por um poderoso software capaz de identificar o movimento dos diversos elementos em campo e isolar apenas a bola. Com as coordenadas exatas dela, é possível, então, estabelecer se a bola ultrapassou ou não a linha, com erro de apenas 5mm. Todo esse processo é realizado em questão de centésimos de segundo e, caso o gol seja verificado, um sinal vibratório e visual é enviado para um pequeno aparelho de pulso dos árbitros. E se ainda ficar alguma dúvida, as imagens são armazenadas para uma consulta posterior. Mas, segundo a fabricante do sistema, foram feitos testes nas mais variadas situações, em diversas condições climáticas e com diferentes cores de redes, bolas e uniformes, sem que houvesse erros.

A novidade não deixa de ser polêmica. Muitos acreditam que o recurso ajudará, tornando as marcações mais justas. Mas há os que dizem que parte da graça do futebol está justamente em possíveis erros, que são próprios da modalidade. A Spidercam, estreante em Copas do Mundo, é aquela câmera suspensa com cabos capaz de se movimentar sobre o campo para mostrar ângulos do jogo bem interessantes, e será muito usada.

Olho no lance

Para quem vai ficar em frente à TV, as transmissões deste ano vão ganhar melhorias graças a várias inovações. Na última Copa, a grande novidade foram as imagens captadas para equipamentos 3D. Já a Copa no Brasil será a primeira que terá captação em 4K (a resolução é duas vezes superior à Full HD). A Sony, uma das patrocinadoras da Copa, vai aproveitar o evento para uma série de programas usando a tecnologia, que já equipa tanto suas câmeras (captação) quanto seus televisores (reprodução). Entretanto, a novidade não será totalmente usada nas transmissões, uma vez que poucos canais e televisores detêm o recurso.

Outras fabricantes de TVs também desenvolveram recursos especiais. É o caso da função Futebol, presente em alguns aparelhos da Samsung, que permite aumentar o som do estádio, rever os lances e compartilhar opiniões diretamente nas redes sociais. Modelos da Sony contam com a possibilidade de consultar notícias, destaques e conteúdos especiais da Fifa. A LG já tem modelos que permitem ao usuário maior interação com o jogo.

Para vestir e chutar

Várias empresas envolvidas no torneio vão apresentar lançamentos. As fornecedoras de artigos esportivos aproveitarão para mostrar chuteiras, camisas e pulseiras com materiais inteligentes, sensores digitais e estudos biométricos. As chuteiras, por exemplo, já mostram evoluções impensáveis anos atrás. A Adidas apresenta recursos tecnológicos interessantes, como no modelo Predator LZ TRX, que vem com o sistema MiCoach. Trata-se de um sensor que capta informações, como distância, velocidade e número de sprints. Os dados podem ser armazenados e conferidos em computadores para avaliar o desempenho e estabelecer treinamentos personalizados. O uniforme brasileiro foi desenvolvido depois de estudos que identificaram as regiões do corpo dos jogadores com maior nível de tensão a partir de análise de onde os atletas colocavam mais força. A equipe de designers da Nike usou tecnologia 3D de escaneamento corporal e coletou dados completos da anatomia de cada jogador. O uniforme foi feito com material reciclável: 18 garrafas pet para a confecção de cada peça. 

Volta oficial do Menu Iniciar ao Windows só deve acontecer em 2015.

Durante a Build 2014, a Microsoft revelou planos para a volta do Menu Iniciar para o Windows 8.1. Agora, a informação é de que a empresa vai liberar o novo recurso apenas em 2015, com a próxima grande atualização do sistema operacional e não em um update menor, que está agendado para este ano.

Segundo a jornalista Mary Jo Foley, do ZDNet, uma das maiores conhecedoras da Microsoft, a atualização será segurada para o Windows “Threshold”, codinome da próxima grande versão do sistema, que pode (ou não) ser o Windows 9, que estaria planejado para o ano que vem.

O novo Menu Iniciar seria uma forma de deixar o sistema mais amigável para quem cresceu e aprendeu a usar o computador com o botão no canto da tela. No novo Windows, o funcionamento seria parecido, mas com algumas mudanças como o agregamento de blocos ao estilo “Metro”. Quem prefere um modelo mais tradicional do menu tem a opção de baixar programas que façam isso, como o Start8 e o Pokki.

Com a mudança, a Microsoft espera atrair os usuários de mouse e teclado que não se acostumaram com o funcionamento do Windows 8.

Outra funcionalidade que só deve chegar com o Threshold é a capacidade de rodar os aplicativos “Metro” em uma janela flutuante.

A próxima grande versão do Windows estaria programada para ser lançada em abril de 2015, enquanto o update menor pode sair a partir de agosto deste ano.